Houve um tempo em que uma Lei inter-pessoal me restringia quanto ao uso da palavra “amor”. A primeira vista poderia soar estranho, bobo ou até um tanto inútil. Mas era uma forma de respeito ao que de mais romântico poderia haver, de tão raro... “Não citar a palavra em vão”, justamente uma maneira de não banaliza-la. Era certamente por influência direta de uma segunda pessoa que já virou terceira ou quarta.
Numa das minhas leituras aleatórias, desregrada e anarquista, sem ritmo ou técnica, me deparei com versos assim:
Daquele momento da leitura em que os olhos pulam do corpo e tomam outro rumo, vida própria. A gente paralisa a leitura, mas lê mais uma vez, e novamente, e em seguida com voz alta. Depois quer escrever, grudar na parede, recitar... Compreendi e descompreendi um pouco mais também. Mas quantas vezes? Quantas vezes somos capazes de amar sem contar e dizer? De forma anônima, silenciosa? E de que serve isso, se o que o homem mais precisa é de amor? E se o amor é justamente a coisa mais bela e sincera que pode existir na humanidade? E quantas balas, socos, bombas já não tivemos a vontade de atirar em lembranças e memórias?
O fragmento é de “A Moça de Cicatriz no Queixo”, do escritor uruguaio Eduardo Galeano.
Numa das minhas leituras aleatórias, desregrada e anarquista, sem ritmo ou técnica, me deparei com versos assim:
(...) “Nunca dissemos a palavra amor. Isso se deslizava, de contrabando, quando dizíamos: “Chove”, ou dizíamos: “Sinto-me bem”, mas eu teria sido capaz de meter-lhe uma bala na memória para que não lembrasse nada de nenhum outro homem”. (...)
Daquele momento da leitura em que os olhos pulam do corpo e tomam outro rumo, vida própria. A gente paralisa a leitura, mas lê mais uma vez, e novamente, e em seguida com voz alta. Depois quer escrever, grudar na parede, recitar... Compreendi e descompreendi um pouco mais também. Mas quantas vezes? Quantas vezes somos capazes de amar sem contar e dizer? De forma anônima, silenciosa? E de que serve isso, se o que o homem mais precisa é de amor? E se o amor é justamente a coisa mais bela e sincera que pode existir na humanidade? E quantas balas, socos, bombas já não tivemos a vontade de atirar em lembranças e memórias?
O fragmento é de “A Moça de Cicatriz no Queixo”, do escritor uruguaio Eduardo Galeano.
4 comentários:
oi, moça. desculpa a invasão assim... ehehhe
bom, em primeiro lugar, gostei do seu blog. vou acompanhá-lo, se você não se importar.
em segundo, [vou ser abusada agora] eu gostaria de saber se você, por acaso, sabe me dizer onde encontro mais informações sobre o grupo Som da Madeira, que toca choro no Bar no Grasil, na Gameleira...
nhai. desculpa o mal jeito. é que pesquiso clubes do choro pelo brasil e tava fuçando no google. foi assim que vim parar aqui. =P
muito prazer!
=*
Sim, muitas balas, bombas e socos. Sabia que conhecia esse fragmento de texto. Amo o Galeano.
As vezes plantamos flores que sabemos que vão viver pouco tempo. Mas a gente não planta flores apenas para vermos elas florindo, mas sim pra guardar a memória de seu perfume em nossas vidas. Tudo que a gente já foi um dia, é o que somos hoje...
Não se esqueça... "Tu te tornas responsável por aquilo que cultivas." É assim hoje e sempre será se for de verdade...
Desculpa a invasão, mas andei visitando uns blogs e parei no seu.
Adorei o texto.
Uns amam dizer que amam, e outros morrem de medo de ao menos pensar que sente isso. é macabro mais é real.
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