Foi a primeira coisa que ouvi do meu pai na manhã do Natal. Exatamente às 15 pras 10 do último dia 25. Ele tinha acabado de acordar, e a primeira coisa que perguntou foi pela tal rabanada (com aquele bafo de cerveja que só filho de quem bebe conhece).
O engraçado é que – Cadê a rabanada? – foi a primeira coisa que me veio à cabeça quando cheguei em casa, depois da festa, às 4h30. E procurei pela casa toda, sim, porque tinha comida e coisas pela casa toda - sem os sapatos e sem acender a luz, claro.
Até que a encontrei na primeira prateleira da geladeira, num recipiente de plástico, debaixo dum outro recipiente de plástico rosa onde tinham guardado toda a farofa do Peru. “Mas quem guardou a farofa do Peru nesse pote e o colocou dentro da geladeira??? Mas, na geladeira???”
Bem, eu não sei quanto na casa de vocês, mas aqui, a farofa nunca foi guardada na geladeira. Geralmente, tem um recipiente próprio pra ela, que fica ao lado do fogão ou dentro do armário... Mas, ah, deve ter sido coisa do meu pai.
E então, eu comi uma rabanada e pensei: “Isso deve ser bom no café da manhã”. E fui dormir já planejando a minha primeira refeição do dia seguinte (coisa de gordo né). E então eu acordei às 9 e pouco (juro que tentei dormir mais pra tentar diminuir um pouco as minhas olheiras, mas não deu, e elas já fazem mesmo parte da minha vida e assim eu tento ser feliz) e fui lá atrás da rabanada.
Na verdade, tava sem fome... Passei um tempo examinando os estragos na cozinha – e no resto da casa (sobra de comida e louça por toda parte) - e tentando, de certa forma, amenizar alguma coisa (E até tentando catar algum motivo pra algum texto – afinal, eu tinha acabado de finalizar “Orgias”, de Veríssimo).
E aí eu comi uma porção de sorvetão! “Meu Deus, que delícia”. Pena que foi transferido para uma outra travessa (pra não ocupar tanto espaço no congelador) e não foi com toda a calda de chocolate que tinha. Diz minha mãe que tava com muito açúcar, e por isso ela preferiu jogar fora.
Ah, e falando na minha mãe (é que certa vez me perguntaram se meus pais eram separados, porque eu sempre falo no meu pai, só no meu pai, foi então que comecei a reparar o quanto gosto e sou apegada a ele. E pois bem, eles não são separados). E a primeira coisa que minha mãe disse quando me viu, na cozinha, saboreando o doce, foi: MININA, TU JÁ TÁ COMENDO??!!!
É, definitivamente, eu acho que puxei pro meu pai.
Ah, e tem mais. Quando ele abriu a geladeira, ele balançou a cabeça em movimento de susto e fez: RÃM!?! Foi exatamente o que eu fiz quando abri a geladeira no dia anterior. (É, aquela geladeira estava assustadoramente assustadora mesmo).
E então eu disse que tava debaixo da farofa e a minha mãe foi logo pegar pra ele dizendo: “como se ele tivesse vendo pelo menos a farofa...” (O que é bem compreensivo quando se trata de um ser do sexo masculino procurando algo na geladeira, no armário, etc... Segundo aqueles livros que seguem o receituário de “Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?”, tratando de assuntos “Homem versus Mulher” que, certamente, minha mãe nunca leu, mas sabe muito bem já que é casada há mais de 25 anos e mãe de dois filhos homens. E eu sei – não sei se muito bem – por ter lido algo sobre o assunto...).
E então abrimos o pote e eu falei que talvez aquilo fosse bom com café com leite, e ele balançou a cabeça negando a minha observação e disse: Com Tuchaua!
Meu Deus, com Tuchaua? (Suspeito que se fosse coca-cola, eu nem ficaria surpresa). Come que pode alguém guardar a farofa do Peru num recipiente de plástico rosa, coloca-lo na geladeira e querer comer rabanada com Tuchaua no café da manhã?
Enquanto isso, a minha mãe tava lá, esquentando o leitinho dela pra tomar com café. É, eu acho que puxei pra minha mãe.
De qualquer forma, tenho uma novidade novinha pra contar: No Natal do ano que vem a família estará maior! E por causa disso, eu já tenho andado um tanto emotiva. “Oh céus, teremos um bebê em casa!” Torço para que seja uma garotinha. Se for, tenho certeza que a casa toda vai mudar, não sei direito o porquê, isso parece até meio preconceituoso em relação a garotos, mas... Eu tenho cá os meus motivos!
Já até começamos a discutir os prováveis nomes. Foi então que eu fiquei sabendo que a Vovó Alba (na verdade, bisavó) se chamava Albatroz. Veja só! Além disso, soube também que por pouco não fui batizada como Wanessa ou Waléria. Assim mesmo, com W! Na verdade, quanto à origem do meu nome, meu pai já me contou duas versões: a dele, própria; e a versão dele para a versão da minha mãe.
E as duas versões (que quem sabe eu possa contar em algum outro post qualquer) têm lá a sua graça e elegância. Assim como cada um deles, principalmente nas características que me fazem refletir o quanto somos parecidos (olha a modéstia). O que posso achar deles? O que eu acho deles, é como achar de mim mesma também.
Só espero um dia aprender a contar histórias – e versões – como meu pai. E aprender a fazer rabanadas como a minha mãe. (Aquelas que rendem festa antes e depois da festa).
E que venha o próximo ente da família!
*E ainda bem que eu me chamo Giselle, caso contrário, não haveria sentido a existência do codinome X-L! E, certamente, meu zine teria outro nome, assim como o meu blog teria outro endereço... e, enfim, muita coisa seria diferente...
O engraçado é que – Cadê a rabanada? – foi a primeira coisa que me veio à cabeça quando cheguei em casa, depois da festa, às 4h30. E procurei pela casa toda, sim, porque tinha comida e coisas pela casa toda - sem os sapatos e sem acender a luz, claro.
Até que a encontrei na primeira prateleira da geladeira, num recipiente de plástico, debaixo dum outro recipiente de plástico rosa onde tinham guardado toda a farofa do Peru. “Mas quem guardou a farofa do Peru nesse pote e o colocou dentro da geladeira??? Mas, na geladeira???”
Bem, eu não sei quanto na casa de vocês, mas aqui, a farofa nunca foi guardada na geladeira. Geralmente, tem um recipiente próprio pra ela, que fica ao lado do fogão ou dentro do armário... Mas, ah, deve ter sido coisa do meu pai.
E então, eu comi uma rabanada e pensei: “Isso deve ser bom no café da manhã”. E fui dormir já planejando a minha primeira refeição do dia seguinte (coisa de gordo né). E então eu acordei às 9 e pouco (juro que tentei dormir mais pra tentar diminuir um pouco as minhas olheiras, mas não deu, e elas já fazem mesmo parte da minha vida e assim eu tento ser feliz) e fui lá atrás da rabanada.
Na verdade, tava sem fome... Passei um tempo examinando os estragos na cozinha – e no resto da casa (sobra de comida e louça por toda parte) - e tentando, de certa forma, amenizar alguma coisa (E até tentando catar algum motivo pra algum texto – afinal, eu tinha acabado de finalizar “Orgias”, de Veríssimo).
E aí eu comi uma porção de sorvetão! “Meu Deus, que delícia”. Pena que foi transferido para uma outra travessa (pra não ocupar tanto espaço no congelador) e não foi com toda a calda de chocolate que tinha. Diz minha mãe que tava com muito açúcar, e por isso ela preferiu jogar fora.
Ah, e falando na minha mãe (é que certa vez me perguntaram se meus pais eram separados, porque eu sempre falo no meu pai, só no meu pai, foi então que comecei a reparar o quanto gosto e sou apegada a ele. E pois bem, eles não são separados). E a primeira coisa que minha mãe disse quando me viu, na cozinha, saboreando o doce, foi: MININA, TU JÁ TÁ COMENDO??!!!
É, definitivamente, eu acho que puxei pro meu pai.
Ah, e tem mais. Quando ele abriu a geladeira, ele balançou a cabeça em movimento de susto e fez: RÃM!?! Foi exatamente o que eu fiz quando abri a geladeira no dia anterior. (É, aquela geladeira estava assustadoramente assustadora mesmo).
E então eu disse que tava debaixo da farofa e a minha mãe foi logo pegar pra ele dizendo: “como se ele tivesse vendo pelo menos a farofa...” (O que é bem compreensivo quando se trata de um ser do sexo masculino procurando algo na geladeira, no armário, etc... Segundo aqueles livros que seguem o receituário de “Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?”, tratando de assuntos “Homem versus Mulher” que, certamente, minha mãe nunca leu, mas sabe muito bem já que é casada há mais de 25 anos e mãe de dois filhos homens. E eu sei – não sei se muito bem – por ter lido algo sobre o assunto...).
E então abrimos o pote e eu falei que talvez aquilo fosse bom com café com leite, e ele balançou a cabeça negando a minha observação e disse: Com Tuchaua!
Meu Deus, com Tuchaua? (Suspeito que se fosse coca-cola, eu nem ficaria surpresa). Come que pode alguém guardar a farofa do Peru num recipiente de plástico rosa, coloca-lo na geladeira e querer comer rabanada com Tuchaua no café da manhã?
Enquanto isso, a minha mãe tava lá, esquentando o leitinho dela pra tomar com café. É, eu acho que puxei pra minha mãe.
De qualquer forma, tenho uma novidade novinha pra contar: No Natal do ano que vem a família estará maior! E por causa disso, eu já tenho andado um tanto emotiva. “Oh céus, teremos um bebê em casa!” Torço para que seja uma garotinha. Se for, tenho certeza que a casa toda vai mudar, não sei direito o porquê, isso parece até meio preconceituoso em relação a garotos, mas... Eu tenho cá os meus motivos!
Já até começamos a discutir os prováveis nomes. Foi então que eu fiquei sabendo que a Vovó Alba (na verdade, bisavó) se chamava Albatroz. Veja só! Além disso, soube também que por pouco não fui batizada como Wanessa ou Waléria. Assim mesmo, com W! Na verdade, quanto à origem do meu nome, meu pai já me contou duas versões: a dele, própria; e a versão dele para a versão da minha mãe.
E as duas versões (que quem sabe eu possa contar em algum outro post qualquer) têm lá a sua graça e elegância. Assim como cada um deles, principalmente nas características que me fazem refletir o quanto somos parecidos (olha a modéstia). O que posso achar deles? O que eu acho deles, é como achar de mim mesma também.
Só espero um dia aprender a contar histórias – e versões – como meu pai. E aprender a fazer rabanadas como a minha mãe. (Aquelas que rendem festa antes e depois da festa).
E que venha o próximo ente da família!
*E ainda bem que eu me chamo Giselle, caso contrário, não haveria sentido a existência do codinome X-L! E, certamente, meu zine teria outro nome, assim como o meu blog teria outro endereço... e, enfim, muita coisa seria diferente...
8 comentários:
Olha, realmente vc consegue me emocionar, tudo o que vc escreve eu acho bom,num sei o que é!? Puxa, que puxa!!!!
Sou tua fã incondicional tá!!!!
eu sou seu fã incondicional [2]
tenho 4 bebês na minha casa. 12, 7 [quase 8], 2 [quase 3] e 1 ano de idade. ;)
mas, ainda assim, quero saber as histórias do seus nomes. nem que estejamos tomando café, sentados do lado de fora dos nossos respectivos trabalhos. ;)
Texto em tres partes...HUm!!!
Texto em uma parte mas muito, muito longo pros padrões blogeiros...Hum!!!
Será que algo está mudando???
Hum!!!!
que lindo texto ^^ vejo q vc puxou dos dois muitas coisas, por isso q vc é tão especial.
bebê! adoro, são tão fofos... Realmente amo bebês, eles q parecem não gostar mjito de mim.... uma pena.
tb quero saber a historia dos nome. Vamos sentar e vc me conta, ok? Ai eu aproveito e conta a historia do meu nome. ^^
beijinhos linda, feliz natal trasado e um feliz ano novo adiantado!
Discordo dos dois!
Rabanada é bom com café preto, forte. E(ks)presso, de preferência... hehe.
XII.
Mas isso aqui é praticamente a Teoria Analítica da Geladeira Pós-Natal. =)
Eta natal baomm.... Um beijão pra vc GIGI!!!! To gostando muito de ler o seu Blog... Doido pra saber a origem do seu nome...
Eu me acabo com seus textos..
rsrsrsrsr
adoro!!!!
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