quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

crenças e contradições

Por que a gente nunca fica feliz por completo? Queria entender. Saber explicar. E tentar mudar. É que uma hora eu quero. Quero muito. Mas, logo em seguida, não quero mais. E isso é chato, meio complicado. Porque eu nunca sei direito o que eu quero e o que eu não quero. Então, a minha vontade é ficar parada. Sem querer e não-querer nada. Mas é até meio sem graça isso. E é nessas horas em que eu passo a achar tudo assim. Ao contrário de ontem. Onde a graça era maior que todos os maiores possíveis de se existir nesse universo que a gente conhece e no que a gente desconhece também. É uma inconstância que me trás umas dores, uns sentimentos que eu queria encarar como banais. Queria fechar os olhos e fingir não enxergá-los. Mas não há empecilho que os contenha. Eles não têm a dureza da minha pouca força. Da minha forçada determinação para mudanças. Eu preciso esquecer. Preciso lembrar. Preciso correr. Preciso ter calma. Quero um abraço. Quero abraçar. Queria me odiar um pouquinho menos. Porque eu me odeio, muito, muito, muito. Porque eu não aceito as minhas perdas e nem acredito nas minhas conquistas. Como pode alguém ser feliz assim? O pior, é que eu tenho a consciência plena. De tudo, ou quase tudo. De bastante coisa. Sabe o que eu faço pra mudar? Nada! Nadinha. Nada-nada-nada. E então eu me odeio mais ainda. Com as forças que tenho e com as que não tenho. Parece até que eu me realizo ao saborear esse gosto. Mas não é. E isso me faz odiar-me ainda mais. As minhas aparências para mim mesma. As minhas dúvidas de mim mesma. As minhas suspeitas de mim mesma. Oh, Giselle, filha querida, a única certeza é essa: a existência desse sentimentozinho mentolado.

Voltando ao tempo sem passado. Quando o presente volta a ser eterno e a caber nas caixinhas de sapato.

E feliz 2008! (só pra não dizer que não falei das flores. Na verdade, falarei sim. Mas falarei depois. Não agora).

2 comentários:

Veriana Ribeiro disse...

as vezes esses sentimentos ruins ficam na gente de um jeito q tudo o q fazemos ou falamos parece uma besteira, algo idiota.

mas n seja tao cruel consigo mesma, vc tem muitos pontos positivos. E tomara q em 2008 vc consiga ver eles com mais clareza.

beijos, te adoro meina

poética cotidiana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.